Moda Circular no Rio: Maristar reabre espaço físico para conquistar novos adeptos desta tendência na cidade carioca

Loja inova com armário coletivo que oferece serviço de aluguel para todas as ocasiões, consultoria em moda

Um espaço acolhedor, com peças de roupas e acessórios para os mais diferentes estilos, ganha nova cara a partir do dia 13 de outubro, no Bairro de Botafogo. É a Maristar, uma loja “armário infinito”, que pretende fazer a diferença no mundo da moda consciente e no comportamento carioca, através de assinaturas mensais. A proposta é diminuir o consumo de forma consciente, sem deixar de ser fashion, mas, aprendendo a reutilizar para contribuir com o planeta. Conheça mais sobre esta iniciativa.

Foi em meio a pandemia que Priscila Cotrim, engenheira, e Maristela Alcantara, jornalista, abriram o negócio de impacto, que a cada dia conquista novos adeptos. No período da pandemia, elas resolveram oferecer malinhas, que vão até a casa das clientes, com todo conforto e praticidade. Neste ano de 2022, o do retorno a vida normal, ganhou reforço com a nova sócia Maryse Melul, arquiteta e ex-cliente que acreditou na proposta, resolvendo somar ao empreendimento. Agora, as três estão investindo em um showroom amplo que possa atender as clientes de forma presencial, dando ainda mais visibilidade e atenção, na escolha das peças.

De acordo com a Global Fashion Agenda de 2020, a indústria da moda é a segunda maior em emissão de gases de efeito estufa, representando 10% do total global. A previsão é de aumentar um terço, para 2,7 bilhões de toneladas por ano até 2030.

E, diante destes dados, três profissionais de áreas distintas, com o mesmo amor pela moda e consumo consciente, somam forças no propósito de transformar o pensamento coletivo. Menos consumo, mais reuso, e novas formas de compartilhar a moda.

Para elas, debater o tema da sustentabilidade na moda é tão urgente e complexo, como repensar o Meio Ambiente, em todos os seus detalhes, seja no uso da água de forma coordenada, os cuidados dos rios, o descarte correto dos lixos, entre outros, que resolveram fazer do seu negócio, uma causa. Ou seria o contrário?

Com peças finas, de marcas reconhecidas e dentro das mais atuais tendências do momento, assim é o acervo. Elas selecionam com minuciosidade, e bastante cuidado, para oferecer roupas que valorizem todas as ocasiões, seja um jantar de negócios, uma festa, ou até mesmo um churrasco despojado entre amigos, a única regra é: repensar o ciclo das peças, reutilizando-as de forma compartilhada.

Em um formato de loja de aluguel sustentável, a preocupação do trio é com a durabilidade e reutilização da matéria prima, para diminuir os impactos da indústria têxtil desnecessários. Funciona como um clube de assinatura (sem fidelidade), onde as assinantes têm acesso ao acervo para uso.  A escolha das peças e retirada, pode ser presencial, ou por encomenda, com agendamento prévio. São 3 modelos de “malinha”, onde a cliente escolhe a que melhor se encaixa a sua rotina. Os pacotes começam com a Malinha básica que custa R$200, dando créditos de uso a todo o acervo.

Priscila conta que é preciso mudar a mentalidade das pessoas, mas, celebra o avanço da sociedade, que a cada dia mais, tem repensado a sua forma de consumir. Ela informa que a proposta delas é não acumular coisas. Você pode andar bonita, variar no vestuário, mas, sem adquirir para si, itens que às vezes, são utilizados em uma só ocasião e ficam parados no guarda roupas.

“Já fui muito consumista, mas, hoje, vejo que a moda pode ter um impacto positivo em nossas vidas. Podemos reaprender uma nova realidade, reaproveitar mais nossas peças, reutilizar, alugar aquilo que só usamos uma vez, e ficaria parado em nosso armário”, comenta.

Maristela reforça que é mais do que reutilizar, é fazer girar, repensar sobre tudo que usamos e adquirimos. “Faz bem para a economia do bolso e para o Meio Ambiente, ter um planejamento de consumo. Às vezes você pensa em comprar algo, que em sua mente você já sabe que não vai usar mais. Ai, você simplesmente usa e guarda, e nunca mais revisa aquela gaveta, virando um acumulador de coisas. Essa é a mentalidade que queremos ajudar a sociedade a ter, uma vida prática em todos os sentidos, inclusive, no vestuário”, comenta.

Maryse Melul, com o olhar de arquiteta, pensa o espaço, e conta que elas irão expandir o show Room, para que o público possa ter uma experiência na ida ao local, visualizando os itens de forma fácil. Tendo a opção de ir pessoalmente, ou receber em casa, mas sempre com uma experiência diferenciada.

“Precisamos repensar no todo. Consumir quando for necessário, descartar quando houver o seu fim, e buscar formas de rever sempre o que se tem, para dar o destino ideal. A Maristar é isso, um lugar de moda, mas, com praticidade, beleza, bom gosto, mas, que pensa no reuso de forma consciente”, conta.

Acesse o site e conheça: https://maristar.com.br/

Instagram: @maristar

espaçofísicoMaristarModa circular
Comments (0)
Add Comment