Isolamento social pode refletir no comportamento de crianças e adolescentes
Especialistas responderão dúvidas sobre depressão infantojuvenil, neste sábado (8), na live da Editora Colli Books
Muitas pessoas já estão flexibilizando o isolamento social, seja pela volta ao trabalho ou retomada de atividades de rotina. As crianças e os adolescentes, no entanto, seguem em confinamento há quase cinco meses, sem frequentar escola, sem contato físico com os amigos e distantes dos avós. Além disso, passaram a temer uma doença que pode levar à morte. Todos esses fatores mexeram com a saúde mental dos mais jovens.
Devido à pandemia, houve um aumento de crianças e adolescentes com quadros de insônia, angústia e sintomas de ansiedade e depressão. Para ajudar os pais e responsáveis neste momento de tantas dúvidas, a Editora Colli Books realiza neste sábado, às 16h (horário do Brasil), a live “Um olhar sobre a depressão na infância e na adolescência”. Os convidados são dois especialistas no tema: Ricardo Krause, que é coordenador de Integração Nacional da Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e Profissões Afins (Abenepi) e Celina Mannarino, que é doutora em Ciências da Saúde, psiquiatra e pesquisadora da Fiocruz.
O psiquiatra Ricardo Krause diz que não há dados concretos sobre a depressão na pandemia porque pesquisas com esse recorte específico ainda estão em curso. “O que se sabe são questões indiretas. Você pode fazer uma referência em determinadas situações, como aumento de agressão, de violência dentro de casa e de casos de abuso também. Mas no geral, crianças e adolescentes não são pessoas atingidas diretamente. A situação da infância está muito mais ligada à questão de volta às aulas, o ensino a distância … situações muito pontuais. Então, os quadros de ansiedade e depressão estão começando a ser pensados agora. Não tem uma pesquisa sistematizada”, afirma.
A psiquiatra Celina Mannarino explica que as crianças são afetadas pela sobrecarga do ensino online e principalmente pela falta de relação com os coleguinhas. E esse cenário na vida de uma criança já com algum transtorno de ordem mental, pode acentuar o quadro.
“É preciso estar atento ao impacto do isolamento que pode ser vivenciado como situação traumática, particularmente diante das reações e formas adaptativas familiares, o que pode favorecer o desenvolvimento de sintomas depressivos e ansiosos. A criança emite sinais como interferência na alimentação, no sono e até nas birras. Criança tem energia, gosta de brincar, se ela está muito quieta, muito comportada, pode ter algo errado”, alerta a médica.
A psiquiatra destaca que também é importante preparar as crianças e os adolescentes para a volta do convívio social, já que muitos podem ter dificuldade de readaptação e superação do medo. “Em alguns casos, é preciso procurar ajuda dos especialistas”, completa Celina.
A live sobre depressão na infância e na adolescência será mediada pela jornalista e escritora Isa Colli, com apoio da jornalista Tais Faccioli.
Serviço:
Live Um olhar sobre a depressão na infância e na adolescência
Quando: *8 de agosto – SÁBADO 16h no Brasil – 21h na Bélgica
Onde: YouTube da Editora Colli Books. Para participar, basta acessar* collibooks.com/lives na hora marcada