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Volta às aulas: só a escola bilíngue ou completar com o curso de inglês?

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Avaliar a qualidade do ensino escolar ou da instituição que vai ajudar a acelerar a fluência, além de ter contato frequente com a língua, são recomendações

Uma dúvida surge nesta época do ano, na hora de planejar a educação dos filhos: optar exclusivamente por um colégio que ensina dois idiomas ou acrescentar um curso paralelo de inglês? A diferença entre eles é que, na educação bilíngue, a segunda língua é ao mesmo tempo uma meta e um meio para alcançar esse objetivo. Ou seja, o aluno aprende o idioma ao mesmo tempo em que o utiliza no aprendizado. Já nos cursinhos, aprender o inglês é o objetivo do aprendizado, mas não é o meio para isso.

No entanto, as escolas bilíngues podem ser questionáveis. De fato, quando uma escola é bilíngue, o inglês é usado no estudo das outras matérias, como ciências, geografia e história. Embora muitas escolas que se dizem bilíngues ofereçam uma carga horária de inglês maior, com aulas todos os dias, uma hora por dia, será que podemos dizer que se trata de uma escola bilíngue?

“Muitas vezes, será necessário complementar com cursos de inglês. Alguns cursos, hoje, são mais focados no desenvolvimento da conversação, no falar e entender, enquanto muitas escolas ainda priorizam o texto, os livros. Tem ainda a questão de que na sala de aula da escola, as turmas costumam ser maiores e os alunos acabam se dispersando com mais facilidade”, indica o professor e criador da Metropolis Idiomas, Claudio Domingos.

O profissional também recomenda avaliar o inglês escolar, levando-se em consideração a qualidade da metodologia, material didático, professores e ambiente escolar, além do acompanhamento do desempenho dos alunos. Se a opção for pelo curso de inglês, também é preciso considerar esses pontos antes, assim como o conteúdo programático, o número de alunos e o tempo de curso, pois os mais rápidos tendem a exigir maior dedicação fora da sala de aula.

“Se optar pela escola sem o complemento do curso, tem que acompanhar e avaliar se a criança está mesmo evoluindo no que diz respeito à conversação e não só olhando as notas. Testar e fazer perguntas do nível da criança ou adolescente e pedir que respondam em inglês é um caminho”, ensina Domingos. “Os cursos, muitas vezes, são importantes para complementar a escola, pois quanto mais horas a criança ouvir e falar inglês por dia, mais ela vai adquirir fluência”, completa.

São tantas opções de escolas e cursos no mercado que é preciso saber escolher. O importante é considerar todos os critérios para se ter uma visão do que é oferecido. Como nem sempre isso é possível, é fundamental optar pelos pontos que são importantes para o aluno e que se adaptam melhor à rotina dele. Independentemente da escolha, o especialista Cláudio Domingos ressalta que a língua deve ser usada no dia a dia, com atividades divertidas e interessantes como brincar, cantar, assistir vídeos, contar histórias, desenhar, entre outras opções para estimular a fluência de forma natural. Ele aconselha os pais a incentivarem os filhos a aprenderem o idioma como se estivessem brincando, sem pressão ou cobranças.

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